sábado, 18 de outubro de 2008

Manual “Como voltar a ser solteira de forma rápida, prática e indolor” (eu espero)

Eu ainda acredito no amor. Acredito mesmo. Acredito muito. Eu acredito que o amor é capaz de fazer coisas maravilhosas e inimagináveis com os seres humanos. Eu não sei de onde ele vem, não tenho certeza que ele possa ser construído com a convivência e quando eu amo alguém eu não tenho motivos. Escutei essa pergunta no dia fatídico: Por que você me ama? E não existiam porquês, existiam sim, motivos pelos quais eu continuava amando-o. O amor mesmo era só aquela coisa inexplicável dentro de mim que não deixava que eu me irritasse com ele mesmo quando ele era irritante. Era aquela coisa que me fazia sorrir para fora da mais absoluta tristeza dentro de mim só por me lembrar que ele existia. E eu poderia ficar horas e horas exemplificando todas as coisas lindas que o amor faz com a gente mas não é o objetivo destas linhas. O importante é que sendo o amor essa força que nos faz sair da casca do medo e se jogar no desconhecido, porque não? Ok, pensando assim parece uma idéia de jerico. Aliás soou como aquela lenda do cara que tomou LSD, achou que era o Super-Homem e pulou do décimo-segundo andar. Mas é que a vida é muito mais simples do que parece e as pessoas parecem não perceber. Uma hora você está ali, sofrido, lendo Nietzsche e incompreendendo a sua própria existência, daí bota o fone no ouvido, atravessa a rua distraído e pronto, virou tapete no asfalto. São dois pontos importantes nessa curta história de sabedoria criada por mim mesma: 1) Você tem que tirar o melhor da sua vida o TEMPOTODO. Repito: O TEMPOTODO. Não tem dessa de esperar acontecer isso ou aquilo pra ser feliz. Essa é velha. É repetitiva. Não entra na minha cabeça que tanta gente ainda se encha de “se isso, se aquilo, quando isso, quando aquilo”. Não! AGORA! 2) A gente é bicho. A gente, como ensinado a todos vocês na terceira série tem o seguinte ciclo vital: nascer - crescer - reproduzir - morrer. Claro, você é racional, então não precisa comer cocô e fazer tudo isso de forma a ter uma vida horrenda e sofrida. Você também pode escolher pular algumas dessas etapas ou saciá-las de formas alternativas. Todo esse blablabla por que? Para dizer que namoro pra mim é um momento de evoluir nesse sentido. É a busca de um parceiro que vai me fazer companhia na saída da minha condição de criatura para alçar uma posição de criadora. Sair da família de origem e começar a formar a própria família. Se não for pra isso, eu acho que não vale a pena. E até explico porque não vale a pena. Vejamos, tirando essa busca por algo maior de um namoro ficamos com: amizade, beijinho e Sexo. Amizade eu tenho aos tonéis. Beijinho e sexo meio boca é mais fácil ter com vários jovens mancebos aos quais eu não devo nada. Comassim? Eu explico: Vocês já repararam como os homens, quando querem te conquistar, te tratam absurdamente melhor do que o velho e bom namorado? Tratam sô! É a lei da Selva. Eles viram Lordes Ingleses quando querem te levar pra cama, é coisa linda de se ver. O beijo vai ser tão gostoso quanto o do ex? Talvez não… A metitidinha vai ser tão bem dada? É possível que também não… Mas pelo menos você vai estar aberta a conhecer o beijo melhor, a metidinha melhor, e talvez aquela pessoa que vai querer entrar naquela viagem mágica de evolução do ser humano. Esse texto é pra quem terminou recentemente e não consegue se livrar da saudade, ou praquelas pessoas que se arrastam em relacionamentos zumbis só porque tem medinho de entrar na solteirice. Se eu consegui dar fim no meu namoro com um cara que eu ainda amava, você consegue terminar com esse cara que você só mantém por perto porque se acostumou. Dói, faz chorar, mas passa, cura e abre seus caminhos para que um dia você seja feliz de fato com alguém ao seu lado. Enquanto não for a hora, é mais fácil ser feliz sozinha. Não a dor que não tem fim

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