quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Fetiche... Liberdade sexual ou doença?

O mundo passa por um processo de liberação sexual que atinge todos os níveis de classes sociais, raças e crenças. Atualmente, os ‘jogos de amor’ mudaram e os objetivos para se chegar ao orgasmo também.
Não basta só receber prazer. É necessário fazer com que o(s) parceiro(s) sinta(m) o mesmo. Muitas vezes, nestes jogos perigosos, o tesão é que vale uma medalha de ouro, prata ou bronze. Quanto às modalidades, você escolhe! Tem para todo gosto e gênero, para homens e mulheres, sejam heterossexuais, homossexuais ou bissexuais.
O que vale aqui é o prazer alcançado e propiciado. O fetichismo, segundo os dicionários, pode ser considerado um desvio do interesse sexual para algumas partes do corpo do parceiro, para alguma função fisiológica ou para peças de vestuário, adorno, entre outros. Contudo, de acordo com seus adeptos, é muito mais do que isso. Chega a ser um frisson, uma tara, um desafio ou, até mesmo, uma atitude de amor.
No Brasil, há muitos adeptos dos mais diferentes fetiches sadomasoquistas, bondage e dominação, submissão, disciplina. A quantidade é tão diversa que fica difícil enumerar quem veio primeiro o ovo ou a galinha.
Para quem preferir variações menos radicais, há outros tipos de ‘brincadeiras eróticas’, como o swing (transa de casais – com ou sem troca dos parceiros – num mesmo local),
o voyerismo (que consiste em assistir pessoas transando ou, simplesmente, trocando ou tirando a roupa),
o exibicionismo (ao contrário do voyeur, o exibicionista gosta de mostrar seu sexo em locais públicos ou mesmo se despir ou transar para que outras pessoas possam ver),
podolatria (pessoas que amam pés e que, em alguns casos, chegam até a esfregá-los em suas partes íntimas),
zoofilia (sexo com a participação de animais), entre outros fetiches.
Ao longo da história, muitos fatos foram relatados e envolviam tais relações.
A pesquisa sobre a diversificação e orientação sexual das pessoas é algo fascinante e curioso, por isso, esta coluna pretende desvendar e esclarecer algumas dúvidas sobre as mais variadas formas de se ‘fazer amor’.
Sexo, Poder e Sedução
Roupas de couro e borracha, sapatos de saltos altíssimos, botas bizarras, espartilhos. Apesar dessas peças extremamente comuns no mundo fetichista serem"populares" há quatro décadas, apenas nos últimos dez anos elas ganharam espaço no guarda-roupa feminino, graças a estilistas renomados como Jean Paul Gaultier, Claude Montana e Gianni Versace (morto em 1997), que as introduziram nas passarelas internacionais.O fetichismo - em que objetos e peças relativas à figura feminina, como sapatos e espartilhos, são mais valorizados do que o ato sexual em si, chegando a ser cultuados - foi tratado como uma espécie de patologia sexual e mantido no submundo até a década de 60, quando as pessoas, embaladas pela liberação sexual, começaram a reavaliar os comportamentos sexuais.Não é possível precisar exatamente quando o fetichismo começou.
Há duas teorias a esse respeito, ambas baseadas em evidências. A primeira argumenta que o fetichismo existe desde que o mundo é mundo e que se trata de um fenômeno universal, tomando como base, entre outras coisas, a atrofia dos pés femininos na China. A segunda teoria - a mais aceita - sustenta que o fetichismo, como conhecemos hoje, se desenvolveu apenas na sociedade ocidental moderna, tendo surgido na Europa no século 18 e se tornado um fenômeno sexual distinto somente na segunda metade do século 19, quando ocorreu uma espécie de "revolução sexual", durante a qual atividades e comportamentos sexuais tradicionais começaram a evoluir em direção ao padrão moderno. Foi nessa época, inclusive, que a palavra fetichismo foi pela primeira vez empregada para designar qualquer coisa que fosse irracionalmente adorada. O primeiro a usar a palavra fetichismo com um sentido parecido com o moderno foi Alfred Binet em seu ensaio "Le Fetichisme dans L'amour" (O Fetichismo no Amor), de 1887. A partir daí, o "fetiche erótico" foi adotado por muitos estudiosos de desvios sexuais, como Richard von Krafft-Ebing, que cunhou os termos sadismo e masoquismo.
Confira, mas não esqueçam de usar camisinha e de se prevenirem contra doenças sexualmente transmissíveis, não só a Aids.

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